Browsed by
Autor: Vanessa Spirandeo

Jornalista de formação, escrevo por vício. Rabisco melhor do que falo e, apesar de amar criar textos, minha letra cursiva é um garrancho. Ainda bem que estamos online!
Separando o joio do trigo

Separando o joio do trigo

Sucesso. Tô naquela pegada de “Tendo a Lua”, no melhor estilo Paralamas, e vou jogar tanta coisa fora. Verei o meu passado passar por… Ixi, agora, essa santa dessa música grudou na minha cabeça. Cadê o CD dela? É joio, tem que ir pra caixa de “vai embora”. Nessas horas de arrumação obrigatória autoimposta, que vêm num momento de lapso agudo de lucidez por volta de uma vez por ano, eu sempre me pergunto por que catzo eu tenho tanta…

Read More Read More

Sobre cirurgias em geral e os diferenciais da plástica

Sobre cirurgias em geral e os diferenciais da plástica

Tinha quatro pra conta. Com maior ou menor tempo e dietas mais ou menos complexas de recuperação no pós-operatório, não houve muitas variáveis. Em todos os casos, as intervenções foram necessárias, os remédios e o tempo foram meus parças, e a equipe médica fez de tudo para me amparar. Ao fim de todas, os médicos eleitos por mim me explicaram que as cirurgias tinham sido um sucesso e me tranquilizaram antes de me mandarem de volta ao quarto. Fiquei mimada….

Read More Read More

Sobre cirurgias em geral e os diferenciais do parto

Sobre cirurgias em geral e os diferenciais do parto

Eu tenho quatro pra conta: cesárea, uma retirada de gânglio para biópsia, uma correção de hérnia do hiato (sem ditongo) associada a uma intervenção no intestino, uma retirada de vesícula (o nome disso é colecistectomia, caso você esteja se perguntando). Em ordem cronológica. As três últimas foram meio similares. A gente tem uma vaga noção de como rolam as cirurgias em geral. Sabe que tem médico, anestesia, centro cirúrgico, uma equipe envolvida, parafernálias tecnológicas cheias de melindres, e que a…

Read More Read More

Hora daquela conversa

Hora daquela conversa

Fazia 3 semanas que meu bebê filho tinha começado a namorar. E não havia jeito, chegou a hora de ter AQUELA conversa. – Alô? – Oi, Vanessa, aqui é a Rita*. Precisamos conversar. – Oi, Rita. – Então, sabe por que eu te liguei? – O Thales avisou. – Ah, ele te avisou, é? Que bom. – Claro. – Sinal de que conversam. – É. – Então, você está sabendo? – Acho que sim. – Acha? – É… – Vanessa,…

Read More Read More

Preconceito, eu? Imagina…

Preconceito, eu? Imagina…

Tinha certeza de que era burra. Olha lá: loira, alta, magra, sorrisão perfeito. Mesmo depois de 2 horas de academia, nem um fiozinho de cabelo fora do lugar. Sério, ninguém é tudo, né, gente? Ela tinha de ser burra. Primeira facada: a nega é mestre em Antropologia pela USP. Droga, é inteligente. Versada ao menos. Sabe juntar palavras a ponto de escrever uma tese. Vá lá. Ok, não é burra. Mas era fato: devia ser chata feito o cão. Nojo…

Read More Read More

O limite do humor

O limite do humor

20XX. Século 21. Tecnologia a toda. O mundo na palma da mão. Conhecimento amplamente disseminado pelos meios digitais. Estamos no que muitos eventos de comunicação (e, quiçá, de outras áreas) chamam de era da empatia. O olhar para o outro e a responsabilidade com o que comunicamos, o planejar pensando em um futuro melhor, inclusivo, e o cuidado com seu lugar de fala. O debate é amplo: a necessidade de equidade, a distância entre homens e mulheres em termos de…

Read More Read More

Bem-vindos a dois mil e cacetada

Bem-vindos a dois mil e cacetada

Será que todos sabem que estamos em 20XX? (Eu escrevi em 2019, mas não sei em que ano cê tá lendo, então, vou jogar o X de variável aí, pretensiosa, achando que lerão no futuro. Vai que.) Como pode? A gente tem algumas barbaridades que deveriam ter ficado no século passado (retrasado, nunca ter existido, enfim…). Vou listar algumas aqui, mas, ó, fica à vontade pra completar nos comentários. Tomadas 110 e 220 Por que cargas d’água eu tenho que…

Read More Read More

AAJ* – Por que você não bebe?

AAJ* – Por que você não bebe?

“Vanessa, por que você não bebe?” ————————————– Já era costume nosso em 1979 receber gente em casa. Quer dizer, deles. Porque eu era só um bebê. Mamãe, grávida de meu irmão, e papai, no alto de seus quase 30, adoravam entreter, e viviam convidando casais amigos para um drinque – em casa, porque, bom, eu era nenê, e meu pai não curtia me deixar com minha avó. Numa noite quente de setembro, essa cena comum se repetiu. Um casal de…

Read More Read More

Nietzche em crise

Nietzche em crise

Nietzche tinha razão, a vida é mesmo um eterno retorno. Eu não conheci minhas bisavós, ainda assim, sei que elas certamente achavam a geração das minhas avós “perdida”. Minhas avós disseram isso de meus pais. E meus pais, de mim. É assim. Imagino minha bisavó materna professando o apocalipse quando minha avó Salime, sua filha, mãe da minha mãe, veio para o Brasil como imigrante ilegal. Uma transgressora, refugiada antes de isso ser aceito, escapando com três de suas filhas…

Read More Read More